Não tenho dúvida de que ser Consultor
tem suas vantagens, como por exemplo:
Liberdade de horário, o que significa
que o Consultor pode trabalhar em horários flexíveis, podendo mesclar seus
compromissos profissionais com atividades pessoais e/ou familiares, sem se
preocupar com a rigidez do horário de trabalho peculiar de uma empresa.
Liberdade de opinião, o que significa
que o Consultor pode (e em alguns casos, deve) opinar sobre os assuntos que
envolvem sua área de atuação e que, mais precisamente, pertencem ao universo do
escopo para o qual foi contratado, mas, evidentemente, sempre com moderação,
ética, sigilo e respeito pelos demais profissionais com os quais está
convivendo.
Possibilidade de frequentar diversos
ambientes e se relacionar com diferentes pessoas em curtos espaços de tempo,
transitando de uma empresa para outra (quando possível, em função de seus
clientes), evitando, com isso, cair na rotina e na mesmice da repetitividade.
Possibilidade de ampliar seus
conhecimentos profissionais, culturais e educacionais devido aos desafios dos
projetos que assume, obrigando-se a estar permanentemente atualizado dentro de
sua área de atuação.
Ressalto que as vantagens acima são
fruto de opinião pessoal, de sorte que outros profissionais consultores poderão
oferecer outras vantagens, visto que neste caso prevalece a visão pessoal do
respondente.
Acredito que a consultoria é importante
para o crescimento das Organizações; pois, o Consultor leva para a Organização
uma visão diferenciada e não viciada, ou seja, ao chegar numa Organização para
realizar um projeto, por mais curto ou simples que ele seja, o Consultor sempre
oferecerá uma opinião, uma visão, uma sugestão para a solução de um problema
diferente daquilo que a empresa já discutiu ou mesmo decidiu.
Outra importância é que o Consultor,
quando bem utilizado pela empresa, pode servir de contraponto ao modelo de
gestão que a empresa está praticando, oferecendo sugestões de melhorias em
processos e em modelos de análise de problemas e tomadas de decisão, isto por
que como elemento externo o Consultor não está “contaminado” pela cultura
organizacional nem pelo clima interno reinante na empresa.
Mesmo assim, algumas organizações são resistentes em contratar um serviço de consultoria por que não acreditam que uma visão externa aliada a um conhecimento diferenciado possa ajuda-las a solucionar seus problemas, sejam eles, de gestão, técnicos, administrativos, comerciais, financeiros ou operacionais, por exemplo.
Algumas empresas
preferem buscar soluções internas, na base da “tentativa e erro” do que contratarem
consultorias especializadas no assunto, por acharem que suas soluções caseiras
são mais baratas do que o valor cobrado por uma consultoria, o que nem sempre é
verdade. A questão é que os “custos das
soluções internas” nem sempre são contabilizados, daí a impressão errônea de
que “fazer em casa” é mais barato do que contratar um Consultor.
Outras empresas,
infelizmente, resistem em contratar serviços de consultoria devido a terem
vivenciado experiências negativas no passado com consultores “amadores” que não
atingiram os objetivos do processo e com isso deixaram uma imagem negativa nas
empresas.
Entendemos que são cinco as principais
competências necessárias para que o consultor desempenhe com sucesso seu
trabalho.
·
Visão sistêmica, que significa enxergar e compreender o funcionamento da
empresa cliente como um todo;
·
Capacidade de trabalhar sob pressão, por que seus prazos são sempre
menores do que os prazos ideais e o cliente cobra resultados continuamente;
·
Ética, que é a capacidade de se manter isento e transparente no trato
dos assuntos internos dos clientes e, principalmente, manter em sigilo das
informações a que tem acesso nos clientes;
· Equilíbrio emocional, que significa que ele deve entender que trabalha
para uma empresa que pode ou não aceitar suas sugestões, recomendações ou
soluções e que, exatamente por isso, não deve se comportar como “dono da
verdade”, perdendo o equilíbrio mental quando suas propostas são questionadas,
criticadas ou não aceitas pelo cliente. Equilíbrio é fundamental na prestação
de serviços personalizados.
·
Senso de urgência, que é a capacidade de
estabelecer prioridade para as suas ações, levando em conta os impactos e a
relevância de suas tarefas para o cliente, o que significa, que o Consultor
deve sempre trabalhar num ritmo que atenda os prazos contratuais e as
expectativas do cliente que o contratou.
Por fim, apresento a seguir alguns cuidados
principais que o consultor deve ter para assegurar a perspicácia da
consultoria.
· Ser cauteloso em suas
opiniões e ações, não se adiantando aos fatos nem às suas consequências,
manter-se atento em tudo que acontece no cliente.
· Ver e ouvir muito e falar pouco, porém, mantendo-se “ligado” ao que
acontece no ambiente da empresa cliente e em seu entorno (ambiente externo)
para, sempre que possível, agregar novos fatos e novas informações ao seu
trabalho, mostrando para o cliente sua sagacidade em servi-lo.
·
Não querer impor uma imagem do “eu sei tudo” e passar o tempo emitindo
opinião em tudo que é assunto, mesmo naqueles fora do escopo de seu contrato.
Em síntese, no exercício da Consultoria, ser prudente e parcimonioso são
boas características de um Consultor perspicaz.
Se você está pensando em contratar uma Consultoria
em Gestão e/ou em Recursos Humanos, para reorganizar e preparar sua empresa
para novos desafios, converse conosco.
(1)
- Este artigo é uma adequação das minhas respostas dadas a uma entrevista para
fins acadêmicos que concedi em novembro de 2019.
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