Capítulo 9 - A equilibrada e saudável Gestão
Financeira
Sérgio Lopes (*)
Quer queiramos ou não, a gestão
financeira de qualquer empreendimento é a base para sua sobrevivência no
mercado e, invariavelmente a alavanca para o seu desenvolvimento e
prosperidade.
Uma má gestão financeira não só
contribui para o fracasso do seu negócio como coloca em risco seu patrimônio
pessoal e, muitas vezes, até mesmo seus laços familiares e relacionamentos
interpessoais.
Por isso, é recomendável que você
siga as orientações da Palavra do Senhor na condução da vida financeira de seu
negócio, para que ele esteja sempre em condições de lhe garantir aproveitamento
de oportunidades de novos negócios, com visíveis ganhos que multiplicarão sua
capacidade de sustentação e expansão no mercado.
E quais são as orientações da
Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira do seu negócio?
Primeira orientação, de acordo
com o que está escrito em RM13: 7,8 “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo: tributo, a quem
imposto, imposto... A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com
que vos ameis uns aos outros...”.
Mas, não se confunda; pois, não
dever nada a ninguém é diferente de obter financiamentos para investimentos no
negócio; pois, muitas vezes, precisamos recorrer a um dinheiro extra para
ampliar nosso negócio, adquirindo imóvel, equipamentos, ferramentas, veículos
ou outros recursos para alavancarmos a produção e, consequentemente, o
faturamento e, por decorrência, também o lucro obtido. O correto é que o
financiamento necessário para aquisição dos novos recursos seja pago com o
lucro da expansão do negócio.
“Dever” significa não pagar o que
foi contratado, o que foi combinado, protelar o pagamento dos salários aos
colaboradores, dos serviços e/ou produtos adquiridos aos fornecedores, e dos
tributos ao governo, enfim, assumir compromissos financeiros com terceiros e
não honrá-los, deixando de cumprir obrigações financeiras e fiscais inerentes
ao negócio.
Cuidado especial na administração
do dinheiro; pois, está escrito em Habacuque 2: 6,7 “Ai daquele que acumula o que não é seu (até
quando?), e daquele que a si mesmo se carrega de penhores. Não se levantarão de
repente os teus credores?...”.
Segunda orientação, leia e medite
sobre o que está escrito em Mateus 22: 20, 21 “E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição? Responderam: De César. Então, lhes disse
: Dai, pois, a César o que é de César e
a Deus o que é de Deus”.
Tanto é que ao saber que
cobradores de impostos em Cafarnaum estavam questionando o pagamento de seu
imposto, Jesus disse a Pedro “...vai
ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a
boca, acharás um estáter. Toma-o e o entrega-lhes por mim e por ti”.
(MT: 17: 27).
A terceira orientação é sobre o
dízimo, cujas orientações para o seu pagamento encontramos em Malaquias 3: 10 “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, ... e provai-me nisto ...e não derramar sobre
vós benção sem medida”.
Em resumo, para seguir as
orientações da Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira o empresário
cristão deve: cumprir todos os compromissos financeiros assumidos perante
terceiros; cumprir com suas obrigações junto ao Governo, pagando os impostos e
taxas que incidirem sobre o seu negócio e recolher o dízimo regularmente, entregando
o percentual tradicional sobre o resultado líquido do mês, depois de
descontados os impostos, taxas e despesas realizadas no mês.
Acrescento aqui, duas regras
básicas a serem seguidas pelo empresário cristão para não perder o controle financeiro
do seu negócio, que são: adotar o fluxo de caixa como ferramenta de
acompanhamento, controle e avaliação diária do movimento financeiro do seu
negócio, atentando sempre para os “saldos negativos” e agindo no momento certo
para elimina-los, se não puder evita-los.
A segunda regra básica é
administrar seu negócio com prudência para não gastar mais do que receber e
assim, manter-se permanentemente no azul.
Por
fim, recomendo que você não se esqueça do ensinamento que nos é passado em
Provérbios 21: 20 “Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas, o homem insensato
o desperdiça”.
Podemos
interpretar este ensinamento como sendo uma orientação da Palavra do Senhor de
que somente o empresário insensato consome tudo o que receber; pois, o
empresário sábio administra sabiamente seu fluxo de caixa e, também sabiamente,
guarda para o futuro.
(*)
Sérgio Lopes
Cristão,
Mestre em Administração, empresário, consultor, docente, articulista,
pesquisador.
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