sábado, 18 de abril de 2020

CONSTRUINDO O FUTURO: A GESTÃO DE PESSOAS PÓS-CRISE


Sim, estamos em crise. 

Uma crise que não pedimos, não encomendamos, não fomos nós que criamos, mas, estamos no “olho do furacão” e  só temos uma saída. 

Transforma-la num curso intensivo de sobrevivência na selva, no mar, no ar, na terra, nas empresas, em casa, enfim, em todos os lugares em que há seres humanos e tirar o melhor aprendizado possível.

Mas, perguntarão alguns, o que poderemos aprender neste “curso intensivo de sobrevivência”?  Eu lhes responderei que, no mínimo, aprenderemos que, apesar de toda tecnologia, toda ciência, todo inteligência artificial, todas as máquinas que colocamos a nosso serviço e muitas delas para fazer o que antes fazíamos, ainda não inventaram nada melhor que o SER HUMANO para cuidar de outro SER HUMANO.

Máquinas são fundamentais para o tratamento e cura dos doentes, mas, está sendo provado que elas só funcionam se houver seres humanos preparados, capacitados, engajados e disponíveis para instala-las, liga-las, monitora-las, desliga-las, enfim, para fazer das máquinas um verdadeiro instrumento de cura.

Este, para mim, é o maior dos aprendizados: após a crise os seres humanos, profissionais por excelência, deverão ser tratados de forma diferente nas empresas, deverão ser vistos e entendidos como o recurso essencial para fazer com que a engrenagem organizacional funcione de forma eficiente e eficaz, atingindo seus objetivos e metas e gerando a riqueza necessária para a recuperação empresarial.

Esta novo modelo de tratamento às pessoas, exigirá, sem dúvida nenhuma, nova postura e posicionamento das áreas de RH das empresas em relação à gestão das pessoas, talvez, quem sabe, veremos o início do verdadeiro RH HUMANIZADO, um RH “mais gente e menos máquina”.

Todos nós já sabemos as consequências desta crise mundial: colapso no sistema de comercio mundial, falências ou fechamentos de empresas de todos os portes ao redor do mundo, redução do nível da atividade econômica mundial, corte de milhões de empregos, quedas vertiginosas do Produto Interno Bruto de, praticamente, todos os países, cancelamentos de grandes projetos de investimentos nos países mais afetados pela crise, enfim, os reflexos se espalharam e impactaram diretamente no mercado, no conhecimento e na rentabilidade das Organizações.

Especificamente no campo da gestão de pessoas, vimos, ainda estamos vendo e possivelmente, ainda veremos por algum tempo: demissões em massa, cancelamentos de novas contratações, cortes nos programas de capacitação e desenvolvimento, férias coletivas fora de hora, negociações de emergência com Sindicatos, reduções e revisões significativas nas metas dos PLR’s vigentes.

Estamos sendo obrigados a aprender a “toque de caixa” a trabalhar na modalidade “Home Office”, algo que até alguns dias atrás soava como nome de filme de ficção científica para muita gente que agora está em casa produzindo ou comandando um contingente de colaboradores espalhados pelos mais variados cantos da cidade.

Instabilidade, dúvidas e medo predominam na maioria das mensagens trocadas nas redes sociais e ninguém pode negar que esta crise está causando impacto na identificação das pessoas com a Organização, na motivação para o trabalho, no comprometimento com a execução das tarefas e na segurança quanto à manutenção do emprego.

O que será amanhã? Como vai ser meu destino? Responda quem puder”, canta a Simone em seu famoso samba “O amanhã”.

E quais serão então os novos desafios da gestão de pessoas? Em minha opinião, serão, não necessariamente na ordem em que serão apresentados, os seguintes:

1. Entender definitivamente que o principal recurso de uma Organização são as pessoas, que formam o tal “capital humano” e que fazem com que as coisas aconteçam,

2. Evoluir do conceito “recurso descartável” para o conceito “gente”,

3. Introduzir mecanismos de proteção e respeito pelo Ser Humano nas Organizações,

4. Promover capacitações em larga escala para uso de ferramentas e recursos de hardware e software que estão disponíveis na web e são gratuitos ou de baixo custo e que estão se mostrando fundamentais como integradores e facilitadores do trabalho remoto e da comunicação à distância,

5. Insistir junto às lideranças que pratiquem intensivamente a delegação, a fim de que uma maior quantidade possível de colaboradores se tornem autossuficientes na execução de suas tarefas, característica facilitadora de trabalhos remotos,

6. Incentivar a prática da gestão do conhecimento a fim de disseminar de forma estruturada e disciplinada o conhecimento adquirido e multiplicar as competências, habilidades e atitudes dos profissionais da Organização, e

7. Abrir, manter e incentivar o uso de um canal de comunicação corporativa de mão dupla, de tal sorte que todos os membros da comunidade organizacional tenham acesso às informações e possam, também, por meio deste canal, exporem suas ideias, dúvidas e opiniões.

E quais serão os instrumentos de gestão de pessoas que o novo RH deverá se valer para implementar tais projetos?

Entendo que serão os relacionados abaixo:

·       Programas de qualidade de vida por meio de ações educativas, culturais, assistenciais e de defesa do meio ambiente,
·        Política e sistema de remuneração e benefícios atraentes,
·        Plano de Cargos, Salários e Carreiras,
·        Programas de comunicação interna,
·        Código de ética (ou de conduta) para toda Organização e seus fornecedores,
·        Incentivos ao compartilhamento do conhecimento,
·         Programas de capacitação e qualificação,
·   Desenvolver uma cultura interna compatível com a visão estratégica adotada pela Organização, e
·         Integração dos colaboradores às estratégias da Organização.

Estamos vivendo no limiar de uma nova era nas relações “capital x trabalho”, só não sabemos ainda quando esta nova era se iniciará efetivamente, mas, devemos todos nos preparar, em particular, as áreas de RH das empresas, pois como já cantava Elis Regina: “... Sei que nada será como antes amanhã ...” (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos)

Se você está pensando em transformar seu Departamento Pessoal em Recursos Humanos estratégico ou já possui uma área de RH que ainda não encontrou seu foco e por isso não atua estrategicamente, fale conosco, poderemos ajuda-lo nesta missão transformadora.



O QUE TORNA UMA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS ESTRATÉGICA PARA A ORGANIZAÇÃO?


Muito se fala, muito se escreve e também muito se ensina sobre RH Estratégico e, igualmente, muitas e diferentes são as respostas à pergunta: O que é um RH Estratégico?

Algumas respostas são satisfatórias, outras nem tanto e, dependendo para quem se perguntou, a resposta é um silêncio abissal.

Uma das respostas que mais é dada é a que explora o “alinhamento”, ou seja, a resposta que aparece com mais frequência é aquela que diz que “RH Estratégico é aquele que trabalha alinhado à visão, missão e valores da empresa”, ou “RH Estratégico é aquele que trabalha alinhado às estratégias da empresa”, ou ainda, “RH Estratégico é aquele que atende as necessidades da empresa” etc.

Ficaríamos aqui por um bom tempo discorrendo sobre o que é um RH Estratégico e não esgotaríamos o baú de respostas.

Em minha opinião, não é a tecnologia utilizada (leia-se: hardware e software) que torna a área de RH estratégica, mas, sim, a prática da visão sistêmica de sua liderança, as atitudes das pessoas que nela trabalham, a proatividade de todos, o relacionamento com seus clientes e a capacidade de se antecipar às demandas das diversas áreas da Organização.

Antes de prosseguir na exploração do tema em si, entendo ser importante alinharmos os conceitos de dois termos citados no texto, a saber: estratégia e visão sistêmica.

O que significa “estratégia”? Conceituo como sendo “Conjunto de decisões e ações a serem executadas, determinando os rumos a serem seguidos, baseados num plano estratégico, com a finalidade de alcançar os objetivos previamente definidos com foco na lucratividade e conforme o tipo de negócio a ser feito” (1).

Ou, numa linguagem mais simples e direta: São os caminhos escolhidos para se atingir os objetivos estratégicos previamente definidos.

O que vem a ser “visão sistêmica”? Entendo como sendo “a capacidade que uma pessoa tem de perceber e entender que cada processo interno de sua área de trabalho faz parte de um sistema que se integra a outro e assim sucessivamente e que todos pertencem a um sistema maior chamado de EMPRESA”.

Então, sob estes dois conceitos, sou de opinião de que um RH possa ser considerado   realmente estratégico quando desenvolve suas atividades e projetos baseados num planejamento estratégico interno alinhado ao planejamento estratégico da Organização e, exatamente por conta disso, estar alinhado a um planejamento estratégico maior, consegue utilizando-se de sua visão sistêmica antecipar-se à demandas internas, sejam relacionadas à futuras contratações como àquelas vinculadas às necessidades de treinamento, capacitação e desenvolvimento do quadro de pessoal para fazer  frente aos planos de ação das demais áreas organizacionais.
Mas, não são apenas estas duas condições.

Há uma terceira que se refere à capacidade de planejar, implantar e operacionalizar mensalmente um conjunto de indicadores de gestão de RH que ofereçam à Direção informações atualizadas sobre o seu pessoal (operacionais, financeiras, comportamentais e outras semelhantes) devidamente analisados e complementados com uma vigorosa e detalhada análise de tendência, sugerindo posicionamentos e tomadas de decisão face às tendências analisadas, sejam estas positivas ou negativas.

Para concluir, relaciono abaixo as principais características que, entendo, devam estar presentes num RH Estratégico:

1.    Possuir foco sistêmico
2.    Trabalhar de portas abertas, física e mentalmente falando, criando um local em que seus clientes internos sejam bem-vindos.
3.    Demonstrar espírito de equipe em relação aos demais colaboradores da Organização.
4.    Primar pela eficiência, cumprindo regras, regulamentos, procedimentos, políticas e leis inerentes ao seu campo de atuação.
5.    Ser eficaz. Capacidade de “delivery” (entrega de resultados).
6.    Cumprir compromissos assumidos com as pessoas, que, por sinal, são seus clientes.
7.    Engajado, comprometido, participante do dia-a-dia da Organização, visitando, por exemplo, periodicamente os locais de trabalho de seus clientes internos.
8.    Proativo.
9.    Defensor “Pit Bull” das normas, procedimentos, regras gerais e da ética.
10. Pilar de sustentação da Legislação Trabalhista aplicável na empresa.
11. Possuir Senso de urgência e, por fim, (mas não em último lugar),
12. Gostar de pessoas.

Se você está pensando em transformar seu Departamento Pessoal em Recursos Humanos estratégico ou já possui uma área de RH que ainda não encontrou seu foco e por isso não atua estrategicamente, fale conosco, poderemos ajuda-lo nesta missão transformadora.

(1) - Adaptação do dicionário de administração  Francisco Lacombe, ed. Saraiva, 2004)


O FUTURO DA CONTABILIDADE É HOJE. BEM-VINDO AO FUTURO.


“CONTABILIDADE: AME-A OU DEIXA-A”

Inicio meu artigo realizando uma analogia com um velho adágio que circulou nos anos 70 como uma mensagem governamental para despertar em nosso povo um espírito nacionalista. Refiro-me ao “Brasil: ame-o ou deixe-o”, que, aqui neste artigo se transforma em “CONTABILIDADE: AME-A OU DEIXE-A”.

Eu sempre afirmei que enquanto pagarmos taxas, impostos, tarifas, emolumentos, mensalidades, anuidades e outras "dades" e enquanto o Governo precisar arrecadar haverá CONTABILIDADE, atividade esta, exercida exclusivamente por um ou uma profissional que já foi chamado (a) de Guarda-livros, Técnico de Contabilidade, Contador, Contabilista e desde 2012, segundo o Conselho Federal de Contabilidade, é chamado de Profissional da Contabilidade.

Seu trabalho evoluiu muito ao longo dos anos. Se não, vejamos: o que era abrir, alterar, transferir e encerrar empresas; calcular e fechar balanços, balancetes, livros razão e diário: inventários de patrimônio, materiais e produtos em estoque no final do ano: apuração de tributos federais, estaduais e municipais: cálculo e emissão das folhas de pagamento e seus encargos trabalhistas: obtenção de certidões negativas para seus clientes evoluiu para tantos outros serviços contábeis, tributários e para legais que poderíamos escalar um time de futebol inteiro com seus reservas utilizando-nos das atuais siglas de seus serviços: DRE, IRPJ, LALUR, DCTF. REFIS, SISCOSERV, PER/DCOMP, ICMS, ISS, HOMOLOGONET, SIMPLES NACIONAL, IFRS16, PIS, COFINS, CSLL, MEI, EIRELI, NFE, SPED, BLOCO K, ITG 1000, IFRS, ECF, ECD, DCTFWEB, ESOCIAL, REINF, DECORE, ST (SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA), DESONERAÇÃO DA FOLHA, ETC. (Perdoem-me se não consegui colocar o time todo em campo, alguns ficaram no vestiário...)

E você ainda duvida que o futuro é hoje? Então, vamos continuar ...

Além de todas as siglas acima que, por si só, já representam uma enorme, contínua e interminável carga de trabalho para os profissionais da Contabilidade e seus bravos exércitos de valorosos e heroicos guerreiros, transformando-os no personagem da mitologia grega de nome SÍSIFO, o qual recebeu uma missão por toda eternidade que era a de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, mas, que nunca atingiu seu intento, visto que a pedra ao chegar ao topo da montanha por um lada descia pelo outro.

Assim é a Contabilidade, considerando aqui os três grandes desafios (Contábil, Fiscal e Trabalhista) os serviços não acabam nunca e quando você pensa que “agora terminou” no dia seguinte chega uma lei nova ou um decreto ou uma MP ou uma resolução ou ou ou ...e tudo volta a girar ...

Poderá haver transformações, melhorias, ajustes aqui ou acolá, mas o PROFISSIONAL DA CONTABILIDADE continuará existindo e sendo tão útil para o empresário como é o seu próprio CLIENTE (dele, empresário).

Meu amigo CONTABILISTA, não se preocupe com o fim da profissão, preocupe-se, sim, como você está colocando sua profissão a serviço do seu CLIENTE.

Faça bem feito, faça hoje melhor do que ontem, faça com EXCELÊNCIA e se perenize. Faça melhor do que seu concorrente e se destaque na multidão.

São milhares de profissionais e de empresas de serviços contábeis disputando, diariamente, palmo-a-palmo, não só para atrair e conquistar novos clientes, mas, fundamentalmente, para manter os clientes duramente conquistados e que estão continuamente sendo atraídos pelos concorrentes, sejam estes físicos ou virtuais.

Hoje a realidade do seu mercado é marcada por:

·         Ser extremamente veloz e competitivo,
·         Exigir um ambiente de trabalho altamente tecnológico,
·         Cobrar uma maior agilidade nos processos e nas decisões
·         Exigir que você também exerça um papel de assessor do seu cliente,
·         Cobrar de você uma visão sistêmica e integradora,
·    Exigir uma gestão profissional de sua Empresa de Serviços Contábeis, focada em   resultados e que seja administrada com rigor científico, pautado nas melhores práticas   de gestão empresarial, e por
·       Transformações no perfil profissional, exigindo que você se torne também um Consultor  de seus clientes.

Por isso lhe recomendo, crie um DIFERENCIAL COMPETITIVO. Planeje, Organize, Dirija e Controle sua EMPRESA CONTÁBIL de forma eficiente (faça o que tem que ser feito) e eficaz (entregue o que promete no prazo, com qualidade e no preço combinado).

Implante e se utilize de INDICADORES DE GESTÃO para medir e avaliar continuamente seu desempenho e promover os ajustes necessários para atingir seus OBJETIVOS E METAS.

Ofereço-lhe abaixo uma breve lista de recomendações para você se fortalecer e participar desta “briga de gigantes” com alguma vantagem:

·        Seja proativo em tudo que fizer,
· Mantenha-se atualizado sempre (pesquise, leia, interprete, frequente eventos profissionais, debata, entenda o teor das leis e o seu alcance),
·   Aprenda a planejar, estabelecer metas e objetivos de carreira, para você para sua empresa.
·   Internacionalize seus sonhos (aprenda inglês fluentemente, nem que seja apenas o vocabulário aplicado na Contabilidade),
·     Saia na frente, ofereça sugestões de melhorias na gestão da empresa de seu cliente. Seja o “médico” da empresa.
·      Seja fanático por tecnologia aplicada aos serviços contábeis, mas, não se esqueça de ser mais fanático ainda pelas pessoas com as quais e para as quais você trabalha,
·         Privilegie o cliente: cortesia, comunicação e atenção para os detalhes, sempre,
·         Não aceite menos do que a excelência na qualidade dos serviços,
·     Faça da inovação um hábito, buscando sempre a melhor maneira de fazer o seu trabalho (não se acomode na zona de conforto),
·  Não tenha medo de desafios: veja-os como oportunidades de aprendizado e enriquecimento da bagagem profissional, e, por fim,
·      Lembre-se das palavras do maior exemplo de criatividade e inovação do Século XX: “Se você pode sonhar, você pode fazer” (Walt Disney).

E você ainda duvida que o futuro é hoje? Então, reflita ...

Sem CONTADOR não tem empresa,
Sem EMPRESA não tem impostos,
Sem IMPOSTOS o governo não tem dinheiro,
Sem DINHEIRO não tem como o governo cumprir seus compromissos sociais, investir, pagar seu quadro de pessoal, pagar o serviço da dívida, cumprir seus compromissos sociais etc.

COM A CONTABILIDADE É ASSIM: “AME-A OU DEIXA-A”, NÃO HÁ MEIO TERMO.

Se você está pensando em melhorar o processo de gestão de sua Empresa Contábil, saiba como você poderá fazê-lo. Converse conosco. 


ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DE CONSULTORES E SERVIÇOS DE CONSULTORIA (1)


Não tenho dúvida de que ser Consultor tem suas vantagens, como por exemplo:

Liberdade de horário, o que significa que o Consultor pode trabalhar em horários flexíveis, podendo mesclar seus compromissos profissionais com atividades pessoais e/ou familiares, sem se preocupar com a rigidez do horário de trabalho peculiar de uma empresa.

Liberdade de opinião, o que significa que o Consultor pode (e em alguns casos, deve) opinar sobre os assuntos que envolvem sua área de atuação e que, mais precisamente, pertencem ao universo do escopo para o qual foi contratado, mas, evidentemente, sempre com moderação, ética, sigilo e respeito pelos demais profissionais com os quais está convivendo.

Possibilidade de frequentar diversos ambientes e se relacionar com diferentes pessoas em curtos espaços de tempo, transitando de uma empresa para outra (quando possível, em função de seus clientes), evitando, com isso, cair na rotina e na mesmice da repetitividade.

Possibilidade de ampliar seus conhecimentos profissionais, culturais e educacionais devido aos desafios dos projetos que assume, obrigando-se a estar permanentemente atualizado dentro de sua área de atuação.

Ressalto que as vantagens acima são fruto de opinião pessoal, de sorte que outros profissionais consultores poderão oferecer outras vantagens, visto que neste caso prevalece a visão pessoal do respondente.

Acredito que a consultoria é importante para o crescimento das Organizações; pois, o Consultor leva para a Organização uma visão diferenciada e não viciada, ou seja, ao chegar numa Organização para realizar um projeto, por mais curto ou simples que ele seja, o Consultor sempre oferecerá uma opinião, uma visão, uma sugestão para a solução de um problema diferente daquilo que a empresa já discutiu ou mesmo decidiu.

Outra importância é que o Consultor, quando bem utilizado pela empresa, pode servir de contraponto ao modelo de gestão que a empresa está praticando, oferecendo sugestões de melhorias em processos e em modelos de análise de problemas e tomadas de decisão, isto por que como elemento externo o Consultor não está “contaminado” pela cultura organizacional nem pelo clima interno reinante na empresa.

Mesmo assim, algumas organizações são resistentes em contratar um serviço de consultoria por
que não acreditam que uma visão externa aliada a um conhecimento diferenciado possa ajuda-las a solucionar seus problemas, sejam eles, de gestão, técnicos, administrativos, comerciais, financeiros ou operacionais, por exemplo.

Algumas empresas preferem buscar soluções internas, na base da “tentativa e erro” do que contratarem consultorias especializadas no assunto, por acharem que suas soluções caseiras são mais baratas do que o valor cobrado por uma consultoria, o que nem sempre é verdade.  A questão é que os “custos das soluções internas” nem sempre são contabilizados, daí a impressão errônea de que “fazer em casa” é mais barato do que contratar um Consultor.

Outras empresas, infelizmente, resistem em contratar serviços de consultoria devido a terem vivenciado experiências negativas no passado com consultores “amadores” que não atingiram os objetivos do processo e com isso deixaram uma imagem negativa nas empresas.

Entendemos que são cinco as principais competências necessárias para que o consultor desempenhe com sucesso seu trabalho.

·      Visão sistêmica, que significa enxergar e compreender o funcionamento da empresa cliente como um todo;
·      Capacidade de trabalhar sob pressão, por que seus prazos são sempre menores do que os prazos ideais e o cliente cobra resultados continuamente;
·      Ética, que é a capacidade de se manter isento e transparente no trato dos assuntos internos dos clientes e, principalmente, manter em sigilo das informações a que tem acesso nos clientes;
·    Equilíbrio emocional, que significa que ele deve entender que trabalha para uma empresa que pode ou não aceitar suas sugestões, recomendações ou soluções e que, exatamente por isso, não deve se comportar como “dono da verdade”, perdendo o equilíbrio mental quando suas propostas são questionadas, criticadas ou não aceitas pelo cliente. Equilíbrio é fundamental na prestação de serviços personalizados.
·      Senso de urgência, que é a capacidade de estabelecer prioridade para as suas ações, levando em conta os impactos e a relevância de suas tarefas para o cliente, o que significa, que o Consultor deve sempre trabalhar num ritmo que atenda os prazos contratuais e as expectativas do cliente que o contratou.
Por fim, apresento a seguir alguns cuidados principais que o consultor deve ter para assegurar a perspicácia da consultoria.

·  Ser cauteloso em suas opiniões e ações, não se adiantando aos fatos nem às suas consequências, manter-se atento em tudo que acontece no cliente.

·    Ver e ouvir muito e falar pouco, porém, mantendo-se “ligado” ao que acontece no ambiente da empresa cliente e em seu entorno (ambiente externo) para, sempre que possível, agregar novos fatos e novas informações ao seu trabalho, mostrando para o cliente sua sagacidade em servi-lo.

·      Não querer impor uma imagem do “eu sei tudo” e passar o tempo emitindo opinião em tudo que é assunto, mesmo naqueles fora do escopo de seu contrato.

Em síntese, no exercício da Consultoria, ser prudente e parcimonioso são boas características de um Consultor perspicaz.

Se você está pensando em contratar uma Consultoria em Gestão e/ou em Recursos Humanos, para reorganizar e preparar sua empresa para novos desafios, converse conosco.

(1) - Este artigo é uma adequação das minhas respostas dadas a uma entrevista para fins acadêmicos que concedi em novembro de 2019.


A PALAVRA DE DEUS E AS PRÁTICAS EMPRESARIAIS DE SUCESSO - CAP 9


Capítulo 9 - A equilibrada e saudável Gestão Financeira

Sérgio Lopes (*)

Quer queiramos ou não, a gestão financeira de qualquer empreendimento é a base para sua sobrevivência no mercado e, invariavelmente a alavanca para o seu desenvolvimento e prosperidade.

Uma má gestão financeira não só contribui para o fracasso do seu negócio como coloca em risco seu patrimônio pessoal e, muitas vezes, até mesmo seus laços familiares e relacionamentos interpessoais.

Por isso, é recomendável que você siga as orientações da Palavra do Senhor na condução da vida financeira de seu negócio, para que ele esteja sempre em condições de lhe garantir aproveitamento de oportunidades de novos negócios, com visíveis ganhos que multiplicarão sua capacidade de sustentação e expansão no mercado.

E quais são as orientações da Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira do seu negócio?

Primeira orientação, de acordo com o que está escrito em RM13: 7,8 “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo: tributo, a quem imposto, imposto... A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros...”.

Mas, não se confunda; pois, não dever nada a ninguém é diferente de obter financiamentos para investimentos no negócio; pois, muitas vezes, precisamos recorrer a um dinheiro extra para ampliar nosso negócio, adquirindo imóvel, equipamentos, ferramentas, veículos ou outros recursos para alavancarmos a produção e, consequentemente, o faturamento e, por decorrência, também o lucro obtido. O correto é que o financiamento necessário para aquisição dos novos recursos seja pago com o lucro da expansão do negócio.

“Dever” significa não pagar o que foi contratado, o que foi combinado, protelar o pagamento dos salários aos colaboradores, dos serviços e/ou produtos adquiridos aos fornecedores, e dos tributos ao governo, enfim, assumir compromissos financeiros com terceiros e não honrá-los, deixando de cumprir obrigações financeiras e fiscais inerentes ao negócio.  

Cuidado especial na administração do dinheiro; pois, está escrito em Habacuque 2: 6,7 “Ai daquele que acumula o que não é seu (até quando?), e daquele que a si mesmo se carrega de penhores. Não se levantarão de repente os teus credores?...”.

Segunda orientação, leia e medite sobre o que está escrito em Mateus 22: 20, 21 “E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição?  Responderam: De César. Então, lhes disse :  Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Tanto é que ao saber que cobradores de impostos em Cafarnaum estavam questionando o pagamento de seu imposto, Jesus disse a Pedro ...vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e o entrega-lhes por mim e por ti”. (MT: 17: 27).

A terceira orientação é sobre o dízimo, cujas orientações para o seu pagamento encontramos em Malaquias 3: 10 “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro,  ... e provai-me nisto ...e não derramar sobre vós benção sem medida”.

Em resumo, para seguir as orientações da Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira o empresário cristão deve: cumprir todos os compromissos financeiros assumidos perante terceiros; cumprir com suas obrigações junto ao Governo, pagando os impostos e taxas que incidirem sobre o seu negócio e recolher o dízimo regularmente, entregando o percentual tradicional sobre o resultado líquido do mês, depois de descontados os impostos, taxas e despesas realizadas no mês.

Acrescento aqui, duas regras básicas a serem seguidas pelo empresário cristão para não perder o controle financeiro do seu negócio, que são: adotar o fluxo de caixa como ferramenta de acompanhamento, controle e avaliação diária do movimento financeiro do seu negócio, atentando sempre para os “saldos negativos” e agindo no momento certo para elimina-los, se não puder evita-los. 

A segunda regra básica é administrar seu negócio com prudência para não gastar mais do que receber e assim, manter-se permanentemente no azul.

Por fim, recomendo que você não se esqueça do ensinamento que nos é passado em Provérbios 21: 20 “Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas, o homem insensato o desperdiça”.

Podemos interpretar este ensinamento como sendo uma orientação da Palavra do Senhor de que somente o empresário insensato consome tudo o que receber; pois, o empresário sábio administra sabiamente seu fluxo de caixa e, também sabiamente, guarda para o futuro.


(*) Sérgio Lopes

Cristão, Mestre em Administração, empresário, consultor, docente, articulista, pesquisador.

CONSULTORES: NEM ADIVINHOS, NEM MÁGICOS, NEM PALPITEIROS. PROFETAS, TALVEZ.


Frequentemente somos alvos de questionamentos.

Afinal, para que servem os consultores? Ha até mesmo quem já nos rotulou de “palpiteiros”, sem contar que circulam pelo mundo corporativo várias piadas a nosso respeito. Possivelmente, a mais conhecida delas diz que Consultor é aquele que lhe pede o relógio para lhe informar as horas.

Mas, será assim mesmo, tão simples o nosso papel dentro das Organizações?

Não somos palpiteiros, até por que não pagamos para palpitar como se faz nos jogos lotéricos, corridas de cavalo ou mesmo nos programas de televisão que promovem concursos de palavras, charadas e jogos interativos e similares. Também não somos pagos para isso.

Há quem nos considere adivinhos, há quem deseja que façamos mágica e há     também quem espera que façamos milagres transformando água em vinho.

Não somos adivinhos por que não temos a capacidade de ler nas cartas, ou nas pedras, ou numa bola de cristal o futuro de uma empresa e prescrevermos as soluções miraculosas para ela.

Não somos mágicos por que não conseguimos tirar coelho da cartola, nem transformar flor em lenço ou fazer caminhões desaparecerem no céu.

Não somos “milagreiros”. Sabemos que milagres quem faz é Deus, por meio de seu filho Jesus Cristo, como nos apresenta a passagem bíblica relatada em João 2: (7,9)  “Jesus lhes disse: Enchei de água as talhas. E eles as encheram totalmente. Então lhes determinou: Tirai agora e as levai ao mestre-sala. Eles o fizeram. Tendo o mestre-sala provado a água transformada em vinho ...”

Nós não temos visões como teve José que interpretou o sonho do Faraó, como está escrito em Gênesis 41 (15,36) “...lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete...Então, lhe respondeu José: O sonho de Faraó é apenas um; Deus manifestou a Faraó o que há de fazer...”

Ou como Daniel que interpretou o sonho de Nabucodonosor conforme relatado no livro Daniel 4: (19, 27) “Então Daniel ...esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto ...que virá contra o rei, meu senhor; ...Portanto, ó rei aceita o meu conselho ...”

Temos experiência, algo que o Prof. Luís Carlos Cabrera, há alguns anos atrás em uma de suas aulas, sabiamente chamou de “mochila” (comparação que eu, presente naquela aula, nunca mais esqueci) que vamos enchendo ao longo de nossa trajetória de vida, seja pessoal, seja profissional.

Temos conhecimento, adquirido ao longo dos muitos anos de estudos e de árduo trabalho, que vamos acumulando para  dele lançar mão quando enfrentamos os desafios propostos por nossos clientes, em busca de alternativas para orientá-los no melhores caminhos possíveis para  vencer os desafios propostos.

Temos e praticamos a visão sistêmica que nos induz a vermos o todo de uma situação que necessite de uma intervenção para ser solucionada ou apresentar melhor desempenho.

Temos a capacidade de analisarmos as causas prováveis de uma situação-problema e o fazemos com a isenção e transparência de um profissional externo, alguém de fora da empresa, sem o comprometimento emocional daqueles que estão dentro da Organização.

Temos, por dever de ofício, a obrigação de estarmos permanentemente atualizados em nossas áreas de atuação para oferecermos aos nossos clientes as melhores interpretações dos cenários nos quais eles atuam e as melhores recomendações auxiliando-os nos processos de tomadas de decisão.

Temos a plena consciência de que a decisão, a última palavra sobre um determinado assunto é e sempre será da empresa. Nós, consultores, somos conselheiros, orientadores e, quando nos permitem, assessores contribuindo para que as decisões tomadas se concretizem em ações de forma eficiente e eficaz trazendo os resultados desejados nos momentos das decisões.

Por tudo isso, reafirmo o que escrevi no título deste artigo: Não somos, adivinhos, nem mágicos, nem palpiteiros. Profetas, talvez.

Se você está pensando em contratar uma Consultoria em Gestão e/ou em Recursos Humanos, para reorganizar e preparar sua empresa para novos desafios, converse conosco.