domingo, 2 de setembro de 2018

POR QUE NÃO ENCONTRO EMPREGO?


Sérgio Lopes (*)


Esta é uma pergunta repetida constantemente por milhares de pessoas. 

Ultimamente, são inúmeras as reportagens dos telejornais que apresentam casos e mais casos de pessoas que, infortunadamente, estão há tempos desempregadas.

Diariamente, muitas saem de suas casas em direção às Agências de Empregos e voltam, ao final do dia, para seus lares, arrasadas e desiludidas. Outras passam os dias à frente dos computadores, seja em sua residência, seja em alguma Lan House, respondendo anúncios de ofertas específicas ou enviando seus currículos aos muitos sites com ofertas de empregos ou apenas jogando com a sorte, enviando-o aleatoriamente para sites que o cadastra para “aproveitamento futuro”, sem qualquer resposta.

Você conhece alguém que foi chamado depois de alguns dias, semanas ou meses cadastrado? Eu também não.

E assim passam-se os dias e as perspectivas vão se reduzindo, as esperanças vão se esvaindo e a fé em Deus começa a estremecer.

-“Meu Deus, o que acontece comigo que não encontro emprego? Meu Deus me ajude”. 

E desta forma, implorando e suplicando a Deus por um novo emprego as pessoas enveredam pelos tortuosos caminhos das vãs promessas, dos sortilégios, das adivinhações, dos prognósticos das pedras, da lua, do sol, da runas, da pirâmide, das cartas e sabe-se mais lá o que.

De alguém ouve um conselho: “Vá de azul, por que azul é a cor da sorte”. De outro vem uma receita de simpatia que é tiro e queda: “Quando preencher o formulário, faça-o com os dedos da mão esquerda cruzados” e assim sucedem-se, dia após dia, os conselhos, as “dicas” e as fórmulas infalíveis, sem que o objetivo seja alcançado: O novo emprego.

Entretanto, as perguntas-chaves não são formuladas, nem pelos “conselheiros de plantão”, nem pela própria pessoa que procura um novo emprego.  Para enriquecer esta nossa afirmação, apresentamos a seguir cinco tipos de perguntas que deveriam ser feitas por todos aqueles de estão em busca de novas oportunidades de emprego:

1. Para qual cargo estou me candidatando?
2. Quais os cargos alternativos para os quais posso me candidatar?
3. Quais minhas competências e habilidades que realmente farão a diferença no processo de seleção?
4. Quais competências e habilidades que deverei desenvolver para que eu melhore minhas   chances de conseguir um novo emprego?
5. Quais mudanças estou disposto a realizar em minha vida para conseguir um novo emprego?

As respostas a estas perguntas contribuem para posicionar a pessoa que procura um novo emprego em seus reais patamares de potencialidade, conhecimento e necessidades de melhoria que, quando eliminadas, ampliam suas chances de se recolocar com mais rapidez e em Organizações que venham a corresponder aos seus sonhos de desenvolvimento e crescimento profissional.

Lembramos que nos dias atuais é possível encontrarmos órgãos públicos, entidades privadas, escolas comunitárias e instituições de ensino exercitando sua responsabilidade social, além de Organizações Sociais sem fins lucrativos, oferecendo cursos profissionalizantes em diferentes áreas, a preços módicos, alguns até gratuitos, que auxiliam o desenvolvimento de habilidades e competências pessoais em diversas áreas, tais como: informática, idiomas, administração, comércio, contabilidade, construção civil, industrial, artesanato etc.

Acrescente-se à lista de ofertas de cursos presenciais, os cursos à distância, oferecidos gratuitamente pelas mais variadas e renomadas Instituições de Ensino que contribuem para a capacitação e/ou aperfeiçoamento de habilidades profissionais das pessoas que se matriculam e disciplinadamente assistem as aulas e completam os cursos, adquirindo novos conhecimentos, conseguindo, assim, aumentar seus diferenciais em relação àqueles que ainda não despertaram para a necessidade de se manterem atualizados por meio do aprendizado contínuo.

Entretanto, o que mais observamos são pessoas que se recusam a mudar, seja de profissão, de ramo, de bairro, de cidade, até mesmo de nível salarial que possuíam enquanto empregadas, até por que no momento, como desempregadas, seus salários estão no menor nível possível, ou seja, no nível zero de remuneração.

Expressões do tipo: “sou jardineiro não faxineiro”, “rebaixar o salário é sujar a carteira”, “mudar de bairro (ou de cidade), nem pensar, como vou viver longe dos meus amigos?”, “sou velho (a) demais para aprender uma nova função” e outras similares são limitantes e impedem seus autores de encontrarem novas oportunidades de trabalho em menor espaço de tempo e, enquanto isso, permanecem amargando a “falta de sorte” e pondo a culpa nos outros (são sempre os outros os culpados pelos nossos infortúnios, não é mesmo?).

O momento exige reflexão e cautela, mas, acima de tudo exige das pessoas um repensar sobre suas alternativas de trabalho e seu reposicionamento para ampliá-las e se tornarem mais fortalecidos e competitivos neste feroz e imprevisível mercado de trabalho.

Abandonar velhas posturas restritivas, aprender coisas novas, aceitar a MUDANÇA são passos fundamentais para um feliz emprego novo.

sábado, 1 de setembro de 2018

VENCENDO OS DESAFIOS EMPRESARIAIS ATUAIS COM UMA GESTÃO DE PESSOAS HUMANIZADA



Sérgio Lopes (*)


Sem dúvida nenhuma, estamos passando por momentos delicados em todos os sentidos no âmbito político e social do nosso País com sérios reflexos no campo econômico, causando dúvidas, preocupações e hesitações nas empresas que com o objetivo de se prevenirem tomam decisões que compreendem desde adiamento de investimentos até reduções do seu quadro de colaboradores impactando diretamente no clima organizacional interno e, principal e infelizmente, na redução do Conhecimento acumulado.

É dentro deste contexto que os profissionais de Recursos Humanos iniciaram o ano de 2018, pressionados, por um lado, pelos seus diretores para otimizarem recursos, economizarem aqui ou ali, cortarem treinamentos, enfim, para gastarem o menos possível, e, em contrapartida, conseguirem cada vez mais produtividade, engajamento e resultados e por outro lado pelo quadro de colaboradores que demanda cada vez mais estabilidade, respeito e, acima de tudo, reconhecimento pelo trabalho realizado e valorização profissional.

Eis que por conta das pressões da empresa e do quadro de pessoal a Área de Recursos Humanos se vê, como diz uma célebre frase: entre a cruz e a espada.

Neste sentido, é importante que os gestores e demais responsáveis pela Área de Recursos Humanos entendam que não se faz uma empresa apenas com equipamentos, máquinas e tecnologias, por mais avançadas que sejam.

Ainda são, e serão sempre, necessárias, pessoas, profissionais que possam por as máquinas e os equipamentos em movimento e, igualmente, aplicar as tecnologias do “estado da arte” a serviço da produção de bens e serviços que serão disponibilizados para o mercado.

Entendemos como sendo papel fundamental da Área de Recursos Humanos, neste momento, enfrentar o desafio de harmonizar estas duas demandas, aparentemente antagônicas, e instrumentalizar e contribuir com a Organização no equacionamento e no desenvolvimento de soluções que possam atender com excelência ambos os lados.

Isto só será possível planejando, desenvolvendo e implementando modelos de gestão de pessoas que transformem a aridez dos relacionamentos “Capital x Trabalho” dos dias de hoje em um relacionamento interpessoal humanizado baseado na comunicação, na transparência e no mútuo respeito, alinhado às estratégias de negócios e focado num só alvo: Vencer, vencer e vencer os desafios das incertezas e das turbulências atuais que afetam as empresas no Brasil.


SP, 01/09/2018.


A PALAVRA DE DEUS E AS PRÁTICAS EMPRESARIAIS DE SUCESSO - CAP 8


Capítulo 8 - Seus clientes: sua principal propaganda


Sérgio Lopes (*)

Todos nós conhecemos, de ouvir falar ou de ler diretamente na fonte, a história de Noé e sua Arca.  Se pararmos para pensar e refletir sobre esta fabulosa passagem bíblica, poderemos fazer uma analogia da relação entre Deus e Noé, com nossa relação, enquanto empresários, com nossos clientes.

Não que devamos considerar os nossos clientes como se fossem deuses, longe de mim propor esta heresia. Não é esta comparação que devemos fazer, mas, sim compararmos apenas e tão somente a relação entre o cliente (Deus) e o fornecedor (Noé).

Deus determinou, especificou e definiu as dimensões (fez a encomenda) conforme está escrito em Gênesis 6:14,16: “Faze uma arca de tabuas de Cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta. Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro”.

E Noé cumpriu sua parte, conforme está escrito em Gênesis 6:22 “Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara”.  Como bom fornecedor que provou ser: construiu e entregou a Arca, segundo as especificações, nas dimensões e na qualidade exigida pelo cliente e foi recompensado por isto. Os desdobramentos desta obediência todos nós conhecemos.

A história de Noé e sua Arca deveria nortear permanentemente nosso relacionamento com os nossos clientes e serem sempre pautados em comportamentos éticos e transparentes.  Entregar o que prometer é, no mínimo, uma obrigação legal de toda empresa, principalmente, de uma empresa de um empresário cristão.

Observe o que dizia João Batista em suas andanças pelo deserto, conforme relatado em Marcos 1:7,8: “E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de , curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias. Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo”.

João Batista estava, em seu pronunciamento efetuando uma promessa a todos aqueles que o seguiam, ouviam e acreditavam em suas palavras. Nesta passagem ele estava no papel de fornecedor e seus seguidores no de clientes. Sabemos que efetivamente a promessa foi cumprida, com “a vinda de Jesus de Nazaré da Galileia e por João foi batizado no Rio Jordão” (Mc 1:9).

Se de fato quiseres que seu cliente se mantenha fiel e seja seu principal garoto-propaganda não hesite em se desdobrar para encanta-lo em seu atendimento. Sim, encantar o cliente é a palavra de ordem do momento, então, faça como nos ensina a Palavra em Mateus 5:41 “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas”. Esta é a verdadeira essência do encantamento do cliente: superar sua expectativa.  

Ao superar a expectativa do cliente você estará desenvolvendo nele a vontade de se manter fiel à sua empresa e, com certeza, voltará sempre que necessitar adquirir novamente o produto e/ou o serviço anteriormente adquirido e, mais ainda, estará criando as bases para que ele, sempre que possível, divulgue a outros como ele é bem atendido pela sua empresa e como suas expectativas são sempre superadas.

E, com certeza, acontecerá com sua empresa o que nos relata Marcos em 1:28: ”Então correu célere a fama  ...em todas as direções .... e acrescenta em 1:45: “Mas, tendo ele saído, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a notícia ...e de toda parte  vinham ter com ele.” a respeito de Jesus e de seus milagres.

Em resumo: O cliente encantado se transforma em seu garoto-propaganda.

Mas, quando perderes um cliente, apesar de todo seu esforço em mantê-lo fiel, lembre-se de que, conforme nos ensina o Salmo 30:5: O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã”.

E o que é “alegria” neste caso? É a chegada de um novo cliente. Portanto, não lamente o cliente perdido, mas agradeça a Deus pela chegada do novo.

(*) Mestre e bacharel em Administração, Consultor, Docente PG / MBA, Instrutor, Conteudista, Palestrante, Pesquisador e Cristão.

SP/01/09/2018