Muito
já se escreveu sobre líderes e liderança e continuará se escrevendo por todos os
séculos e séculos vindouros, numa rápida consulta ao Google ficamos sabendo que
existem, nesta data e hora em que estou redigindo este texto, 27.700.000
resultados para a palavra “liderança” e 107.000.000 de resultados para a
palavra “líder”.
A
cada dia mais e mais sobrenomes surgem para adjetivar ou especificar um
determinado tipo de líder. Em minhas pesquisas, para escrever este texto, encontrei
quinze diferentes sobrenomes, os quais relaciono a seguir:
1. Líder transformador,
2. Líder coach,3. Líder mentor,
4. Líder idealizador,
5. Líder empreendedor,
6. Líder visionário,
7. Líder motivador,
8. Líder inspirador,
9. Líder inovador,
10. Líder quântico,
11. Líder empático,
12. Líder inclusivo.
13. Líder efetivo,
14. Líder servidor,
15. Líder carismático.
O
título deste artigo questiona se devemos mesmo agregar um sobrenome ao nome “LÍDER”.
Pergunto se ao darmos um sobrenome ao Líder, não estamos limitando,
restringindo, ou mesmo, minimizando as qualidades de seu perfil de liderança,
reduzindo sua importância a uma única característica, como se as demais fossem
secundárias ou mesmo desnecessárias?
Será
que, por exemplo, um líder empático não deve ser ao mesmo tempo, um líder
carismático ou, ainda, um líder inspirador? Será que todos os quinze sobrenomes acima não
são, na verdade, qualidades de um verdadeiro e completo LÍDER no qual seus
liderados buscam encontrar empatia, inspiração, carisma, exemplo e tantas
outras qualidades que justifiquem o rótulo de LÍDER?
Todos
nós sabemos que a liderança é conquistada na medida em que alguém age em benefício do
grupo, visando atender suas expectativas e sabemos também que o perfil
de um LÍDER é literalmente oposto ao perfil de um CHEFE; pois, enquanto este é
respeitado tão somente pela hierarquia e pela autoridade formal e temerária que
possui sobre sua equipe, o LÍDER é respeitado pela sua capacidade de agregar,
aglutinar, conduzir, dar o exemplo e fundamentalmente servir sua equipe,
mostrando-se útil, disponível e presente sempre que necessário.
Não
é a toa que o sonho de todo Gestor de RH é que em sua empresa, todos os chefes
também sejam líderes... mas, isto é assunto para outro artigo.
Duas
das melhores “aulas” do que é SER LÍDER, podem ser encontradas em dois filmes
de Hollywood, não muito recentes, mas, em minha opinião, sempre atuais.
Refiro-me aos filmes: Fomos Heróis, com Mel Gibson, cujo
cenário é a Guerra do Vietnã e Ike, o Dia D, com Tom Selleck, cujo
pano de fundo é o período de noventa dias de planejamento e preparativos para o
famoso “Dia D”, da Segunda Guerra Mundial.
Com
certeza, se um ou outro LÍDER acima citado demonstrasse possuir apenas um
sobrenome que o qualificasse, nenhuma das duas campanhas sairia vitoriosa, principalmente,
a que objetivou a invasão da Normandia, e talvez, por conta disto, a recente
história mundial tivesse tido outro desfecho.
Cada
vez as Organizações necessitarão de LIDERES completos, plenos, possuidores das
mais variadas qualificações, características e competências que possam conduzir
as pessoas que nelas trabalham para o atingimento de resultados, metas e
objetivos estratégicos de acordo com os planos desdobrados de suas estratégias
de negócios.
Líderes
visionários, corajosos, com propósito, éticos, criativos, inovadores, engajados
numa missão, enfim, LÍDERES com todas as letras maiúsculas e sem sobrenome que o limite, por
que o nome já diz tudo: LÍDER.
LÍDERES
que por si só, farão a diferença.
SP/13/02/2018
Sérgio Lopes
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