sábado, 18 de abril de 2020

A PALAVRA DE DEUS E AS PRÁTICAS EMPRESARIAIS DE SUCESSO - CAP 9


Capítulo 9 - A equilibrada e saudável Gestão Financeira

Sérgio Lopes (*)

Quer queiramos ou não, a gestão financeira de qualquer empreendimento é a base para sua sobrevivência no mercado e, invariavelmente a alavanca para o seu desenvolvimento e prosperidade.

Uma má gestão financeira não só contribui para o fracasso do seu negócio como coloca em risco seu patrimônio pessoal e, muitas vezes, até mesmo seus laços familiares e relacionamentos interpessoais.

Por isso, é recomendável que você siga as orientações da Palavra do Senhor na condução da vida financeira de seu negócio, para que ele esteja sempre em condições de lhe garantir aproveitamento de oportunidades de novos negócios, com visíveis ganhos que multiplicarão sua capacidade de sustentação e expansão no mercado.

E quais são as orientações da Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira do seu negócio?

Primeira orientação, de acordo com o que está escrito em RM13: 7,8 “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo: tributo, a quem imposto, imposto... A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros...”.

Mas, não se confunda; pois, não dever nada a ninguém é diferente de obter financiamentos para investimentos no negócio; pois, muitas vezes, precisamos recorrer a um dinheiro extra para ampliar nosso negócio, adquirindo imóvel, equipamentos, ferramentas, veículos ou outros recursos para alavancarmos a produção e, consequentemente, o faturamento e, por decorrência, também o lucro obtido. O correto é que o financiamento necessário para aquisição dos novos recursos seja pago com o lucro da expansão do negócio.

“Dever” significa não pagar o que foi contratado, o que foi combinado, protelar o pagamento dos salários aos colaboradores, dos serviços e/ou produtos adquiridos aos fornecedores, e dos tributos ao governo, enfim, assumir compromissos financeiros com terceiros e não honrá-los, deixando de cumprir obrigações financeiras e fiscais inerentes ao negócio.  

Cuidado especial na administração do dinheiro; pois, está escrito em Habacuque 2: 6,7 “Ai daquele que acumula o que não é seu (até quando?), e daquele que a si mesmo se carrega de penhores. Não se levantarão de repente os teus credores?...”.

Segunda orientação, leia e medite sobre o que está escrito em Mateus 22: 20, 21 “E ele lhes perguntou: De quem é esta efígie e inscrição?  Responderam: De César. Então, lhes disse :  Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Tanto é que ao saber que cobradores de impostos em Cafarnaum estavam questionando o pagamento de seu imposto, Jesus disse a Pedro ...vai ao mar, lança o anzol, e o primeiro peixe que fisgar, tira-o; e, abrindo-lhe a boca, acharás um estáter. Toma-o e o entrega-lhes por mim e por ti”. (MT: 17: 27).

A terceira orientação é sobre o dízimo, cujas orientações para o seu pagamento encontramos em Malaquias 3: 10 “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro,  ... e provai-me nisto ...e não derramar sobre vós benção sem medida”.

Em resumo, para seguir as orientações da Palavra do Senhor no tocante à Gestão Financeira o empresário cristão deve: cumprir todos os compromissos financeiros assumidos perante terceiros; cumprir com suas obrigações junto ao Governo, pagando os impostos e taxas que incidirem sobre o seu negócio e recolher o dízimo regularmente, entregando o percentual tradicional sobre o resultado líquido do mês, depois de descontados os impostos, taxas e despesas realizadas no mês.

Acrescento aqui, duas regras básicas a serem seguidas pelo empresário cristão para não perder o controle financeiro do seu negócio, que são: adotar o fluxo de caixa como ferramenta de acompanhamento, controle e avaliação diária do movimento financeiro do seu negócio, atentando sempre para os “saldos negativos” e agindo no momento certo para elimina-los, se não puder evita-los. 

A segunda regra básica é administrar seu negócio com prudência para não gastar mais do que receber e assim, manter-se permanentemente no azul.

Por fim, recomendo que você não se esqueça do ensinamento que nos é passado em Provérbios 21: 20 “Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas, o homem insensato o desperdiça”.

Podemos interpretar este ensinamento como sendo uma orientação da Palavra do Senhor de que somente o empresário insensato consome tudo o que receber; pois, o empresário sábio administra sabiamente seu fluxo de caixa e, também sabiamente, guarda para o futuro.


(*) Sérgio Lopes

Cristão, Mestre em Administração, empresário, consultor, docente, articulista, pesquisador.

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